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11 dicas valiosas para economizar no seguro do seu carro

May 10, 2015 (20) Comments auto insurance, insurance

11 dicas valiosas para economizar no seguro do seu carro

Como gastar menos dinheiro com o seguro sem correr risco de cometer fraudes e evitando que o barato saia caro.

Por Priscila Yazbek

 

São Paulo – Em momentos como o atual, em que a frase “não está fácil para ninguém” reverbera, qualquer economia é muito bem-vinda. Para te ajudar na tarefa de contenção de gastos, EXAME.com listou algumas dicas para reduzir o custo do seguro do seu carro.

As recomendações incluem não só algumas brechas para reduzir o valor (sem infringir nenhuma regra), como orientações sobre quando economizar não é o melhor negócio porque o barato pode sair caro. Confira a seguir.

1) Simule os preços dos seguros antes de escolher seu carro

A economia no seguro começa pela escolha do carro. Para saber quais veículos têm os seguros mais baratos, é possível simular quanto custam os prêmios do seguro de cada modelo – valor pago pela aquisição do seguro – em uma ligação para o seu corretor ou nos sites de corretoras online.

Além de economizar no prêmio, a consulta pode evitar dores de cabeça futuras, já que o corretor pode indicar quais carros são menos visados por ladrões naquele momento e costumam gerar menos gastos com manutenção.

2) Observe quais carros apresentam maior risco

Algumas características do carro podem mostrar quais deles apresentam maior risco à seguradora, e portanto terão apólices mais caras.

Ilson Barcellos, sócio da Economize no Seguro, site que comprara preços de apólices do grupo Brasil Insurance, afirma que os carros utilitários, por exemplo, têm seguros mais caros porque ficam expostos ao risco por mais tempo. “Veículos a diesel também têm incidência de roubo maior, já que o seu motor é usado para diversas finalidades e tem maior procura no mercado negro”, afirma.

Alguns veículos podem ter alto número de roubos simplesmente porque têm um número grande de carros em circulação. Por isso, o ideal é olhar a relação entre os roubos e a frota e não apenas o número absoluto de roubos.

“O Volkswagen Gol e o Fiat Uno estão entre os veículos mais roubados, mas em relação à frota eles não aparecem no topo”, diz Barcellos. “Já o Fiat Punto tem um percentual de roubo altíssimo em relação à frota. Suas peças não são facilmente encontradas nas concessionárias e têm custos altos, por isso é um carro muito buscado no mercado negro”, acrescenta.

Veículos que já saíram de linha também costumam ter seguros mais salgados porque ao deixarem de ser fabricados, suas peças originais ficam mais caras, elevando as buscas por itens roubados no mercado ilegal. “É o caso do Chevrolet Zafira”, diz o sócio da Economize no Seguro.

Neival Freitas, diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), também afirma que carros antigos costumam ter seguros caros pelo maior custo de reparo. Por norma da Superintendência de Seguros Privados (Susep), as seguradoras são obrigadas a usar peças novas no conserto e repor o valor do veículo integralmente sempre que o custo de reparo superar 75% do valor do carro.

“Na maioria dos acidentes com veículos antigos a seguradora não pode reparar, ela precisa indenizar integralmente”, diz Freitas.

3) Escolha um bom corretor

Um bom corretor pode gerar economias não só no valor do prêmio, mas também de tempo em caso de sinistros (eventos em que o bem segurado sofre um acidente ou prejuízo e que representam a materialização do risco).

Mas, como encontrar um bom corretor? “Um bom profissional é reconhecido no dia do sinistro, se acontece um acidente no sábado à noite e ele tem um celular ligado 24 horas e dá todo o suporte necessário. Ao contratar seguros na agência do banco já pode ser mais difícil ter esse atendimento especializado”, afirma Adriano Gomes, especialista em seguros e professor do Curso de Administração e MBA da ESPM.

Além de se esforçar para buscar a apólice com melhor preço, um corretor mais atencioso pode lembrar o cliente de preencher pontos do questionário que gerem descontos e pode acelerar o processo de indenização, afinal um corretor mais experiente pode ter um canal direto com o departamento de sinistros das seguradoras.

Além do tradicional boca a boca, o diretor da FenSeg afirma que para chegar a um bom corretor é importante pesquisar o seu número de registro junto à Susep, que mostra se o corretor é um profissional habilitado. “O corretor de seguros não é como o corretor de imóveis que depois de fechar o negócio sai de cena. Ele acompanha o cliente durante a vigência do seguro e até depois, por exemplo, caso haja sinistro e o cliente entre com um processo contra a seguradora”, afirma.

4) Faça cotações no maior número possível de seguradoras

A comparação de preços é muito comum nas compras em supermercados, de carros e outros bens, mas não tanto com os seguros. Mas, assim como em qualquer outra compra, sai na vantagem quem pesquisa. E se antes os corretores conseguiam comparar preços em apenas em quatro ou cinco empresas, hoje algumas corretoras online permitem simular preços em mais de 15 seguradoras, em poucos cliques, e de graça.

A pesquisa é importante porque os valores do seguro de um mesmo modelo podem variar muito de acordo com a empresa. “Uma seguradora pode ter um resultado fantástico de sinistros para o Gol e outra nem tanto. Então a primeira pode estar com um valor mais baixo para esse modelo e a segunda mais alto”, diz Ilson Barcellos.

O professor da ESPM também recomenda que, além do preço, o cliente analise qual seguradora contratar a partir da sua eficiência em caso de sinistro. Ele afirma que, enquanto algumas empresas iniciam o processo de indenização imediatamente, outras chegam quase a solicitar a certidão nascimento do cliente e são muito burocráticas.

“O acidente já gera um estresse violento, por isso ao comparar as empresas, a decisão não pode ser feita apenas porque a empresa ‘A’ ou ‘B’ é 10 reais mais barata, essa é uma conta burra”, diz Adriano Gomes.

5) Evite economias tolas

Uma economia de 200 reais ou menos na contratação da apólice pode gerar prejuízos de milhares de reais lá na frente. É o que pode ocorrer com segurados que se preocupam muito com a cobertura contra roubo, mas não se atentam à cobertura de dano a terceiros.

“O seguro serve não só para proteger seu bem, como para arcar com prejuízos causados a terceiros”, diz Adriano Gomes. Segundo ele, as coberturas a terceiros costumam ser de 50 mil reais, mas podem ser ampliadas a 500 mil reais com um custo adicional de apenas 200 reais.

O professor acrescenta que essa cobertura engloba não só eventuais danos a carros de terceiros, como indenizações por danos morais. “Em um atropelamento com vítima fatal, o juiz define a indenização observando o rendimento recente do falecido, multiplicado pelos anos de vida que ela teria pela frente. Essa indenização pode passar de 1 milhão de reais facilmente“, diz Gomes.

Mauro Pimenta, sócio da Vis Corretora, afirma que muitos clientes buscam economizar no seguro justamente contratando a cobertura a terceiros mais básica, de 50 mil reais. “Se o cliente bate em um Citroën C4 de 70 mil reais, a cobertura mínima paga só 50 mil reais. Era melhor pagar 200 reais a mais e ampliar a cobertura do que pagar esses 20 mil reais que o seguro não cobre”, diz.

Ele também alerta para economias no carro reserva e na quilometragem do guincho. Para contratar o carro reserva por 15 dias, o cliente pode pagar entre 100 a 300 reais a mais, o que pode sair mais barato do que o uso de um táxi durante o período reparo do carro, que costuma ser de pelo menos dez dias, segundo Pimenta.

Se o raio de quilometragem do guincho for de 100 quilômetros e o cliente costuma usar o carro para viajar por distâncias maiores, também vale consultar os custos para ampliar o raio de cobertura do guincho.

 

 

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